A última corrida antes do recesso da Fórmula 1, pode ser considerada como a melhor da temporada e uma das melhores da história. Diante de tantos acontecimentos vale destacar três fatos.
Melhor resultado da carreira de Esteban Ocon
O francês teve uma difícil trajetória na F1. O piloto que não veio de uma família rica, estreou na principal categoria do automobilismo em 2016 pela equipe Manor Racing. Em 2017, foi para a Force India, naquele ano conquistou o 8º lugar no mundial de pilotos. Em 2019, Esteban ficou sem assento para a temporada e acabou por se tornar piloto reserva da Mercedes. No ano de 2020 Ocon ganhou uma oportunidade na equipe Renault, agora chamada Alpine.
Neste ano, o piloto enfrentava um período ruim após a renovação do contrato com a equipe francesa; em cinco etapas havia marcado apenas dois pontos. Porém, no GP da Hungria a história mudou completamente.
Esteban conseguiu sair ileso da confusão inicial envolvendo Bottas, Norris e Verstappen, assim, assumiu a segunda colação. Na relargada foi para os boxes e após Lewis Hamilton ter que fazer seu pit stop Ocon assumiu o primeiro lugar, colocando a Alpine pela primeira vez na liderança de uma prova. Quando retornou aos boxes pela segunda vez fez uma boa parada de 2.3s e retornou em P2 tendo uma ferrenha batalha com Sebastian Vettel pelo segundo lugar. O francês se defendeu do tetracampeão. Na volta 39, Fernando Alonso, P1, foi para os boxes e Esteban Ocon assumiu a liderança da corrida para não largar mais e fazer história na equipe: conquistar a primeira vitória da Alpine. Também, desde 1983 com Alain Prost, um piloto, equipe e fabricante de motor do mesmo país não ganhavam um GP.
Alonso volta a liderar uma prova
O bicampeão vem ganhando destaque em seu retorno à Fórmula 1, a pilotagem do já experiente piloto de 40 anos- completados nesta semana- continua impressionando. O espanhol largou na nona colocação; na volta 37 pegou a liderança da prova, quando seu companheiro de equipe foi para os boxes. A última vez que Alonso havia liderado uma prova foi em 2014 e justamente na Hungria.
Alonso também protagonizou uma das melhores batalhas da temporada, o duelo foi com o heptacampeão Lewis Hamilton pela quarta colocação. Os dois pilotos ficaram roda com roda em alguns momentos. Hamilton disse que os dois foram no limite e não desejava que isso fosse de outra maneira. Na volta 65, Alonso teve um deslize na freada e o piloto da Mercedes acabou fazendo a ultrapassagem.
Com um ótimo desempenho, o espanhol foi eleito piloto do dia pela votação popular. Nas redes sociais o bicampeão agradeceu: “Que dia! Obrigada Budapeste. Você sempre nos trata super bem.”
Williams conquista seus primeiros pontos na temporada
A equipe Williams vem lutando para conquistar ao menos um ponto no campeonato de construtores. O piloto favorito para tal feito era George Russell que “bateu na trave” algumas vezes, no GP da Estíria e da Áustria.
No GP da Hungria o tão aguardado momento chegou. Logo após os acidentes na primeira curva, Russell foi para o oitavo lugar e melhor ainda foi seu companheiro, Nicholas Latifi, em P3. Na relargada, os pilotos foram para os boxes e Latifi chegou a ser P3, quando fez seu pit stop, retornou em P8, colocação que terminou na corrida. Já George, na volta 34, fez uma manobra sensacional para cima da Haas de Mick Schumacher conquistando o décimo lugar, finalmente na zona de pontuação. Os dois pilotos conquistaram seus primeiros pontos na F1.
Desde 2019 na Alemanha, a equipe inglesa não marcava pontos. O domingo para Williams foi de muita emoção. Russell não conseguiu conter as lágrimas de alegria com o resultado, também destacou o trabalho duro da equipe durante três anos e não considera a conquista como uma questão de sorte, mas sim como fruto de muito esforço e dedicação.
